Prostituição:
sem restrição de classe social.
Não
são apenas mulheres de baixa renda que vendem o corpo pra
ganhar dinheiro. O perfil das garotas de programa está em mudança e,
pra viver no luxo e ganhar dinheiro fácil, estudantes universitárias e
adolescentes, que até então tinham tudo bancado pelos pais, passaram a integrar
o mundo da prostituição.
Na
maioria dos casos, elas optam por sair cedo de casa, mas encontram dificuldades
de manter o mesmo padrão de vida e não querem voltar para a família.
O perfil
tende a ser de mulheres entre 18 e 30 anos, bonitas, corpos sarados, esculturais. Têm pra si que ficarão pouco tempo na boemia, mas logo se veem
presas à vida de prostituição. O Jornal de Brasília mostrou: essas profissionais aguardam a
regulamentação da atividade.
Passar
a noite nas ruas escuras à espera de cliente é um cenário que dá medo e insegurança. Por conta disso, muitas têm optado por atendimento de homens em seus
apartamentos. O horário é agendado, mas a situação de 'mordomia' pesa no bolso. Fazer programa custa até R$ 5 mil por uma hora. O público- alvo, no
entanto, é a classe média-alta, a exemplo de empresários, executivos e até políticos; e em destaque mais ainda.
Com
os valores praticados, mulheres procuram lugares melhores pra
viver. No Sudoeste, por exemplo, é possível encontrar grande numeros de
profissionais.
O
JBr entrou em contato com uma garota que atendia em casa. O
programa, que seria feito num apartamento da quadra 301 Sudoeste, duraria
uma hora por R$ 500. “Pode se identificar na portaria e pedir pra me chamar que
eu vou recebê-lo”, disse a moça, que se apresentou como Gláucia.
Desde
2002, o Brasil reconhece a profissão de
prostituta. Naquele ano, o Ministério do Trabalho incorporou esse tipo de
trabalho em sua ‘‘Classificação Brasileira de Ocupações (CBO)’’. O texto define
quem se enquadra na profissão: profissionais do sexo, garotas e garotos de
programa, meretriz, messalina, michê,
mulher da vida, prostituta, puta, quenga, rapariga, trabalhador do sexo,
transexual e travestis.
No
ano de 2003, o ex-deputado federal Fernando Gabeira deu entrada em outro
projeto de lei para a regulamentação da profissão, mas não foi aprovado.
O ofício no mundo
A
Europa está na frente quando o assunto é regulamentação da prostituição.
Em 8 países – Alemanha, Holanda, Áustria, Suíça, Grécia, Turquia, Hungria e Letônia a atividade é legal e regularizada. Porém o grau de proibição e a legislação são variados. A Holanda é um dos mais liberais. Os prostíbulos têm as
janelas voltadas pra rua, onde as garotas permanecem em poses e
expostas como bonecas em vitrines.
Na
Suécia, Noruega e Islândia é ilegal pagar por relação sexual, porém a
prática da prostituição é liberada. Nesse caso, o cliente comete crime segundo
as leis do país, mas aquela pessoa que se prostitui, não é considerada criminosa.
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