Foi o cardeal Jorge Mario Bergoglio, da Argentina, com 76 anos é o novo papa da Igreja Católica Apostólica Romana. Antes de ser escolhido, era arcebispo da Arquidiocese de Buenos Aires, desde 28 de fevereiro de 1998.
O nome escolhido por Bergoglio é Francisco, homenagem a São Francisco de Assis.
Representante da linha jesuíta e progressista na Igreja, ele se tornou o
primeiro pontífice sul-americano.
Ele não aparecia na maioria das listas de favoritos, que incluíam o brasileiro Dom Odilo Scherer e o italiano Angelo Scola. Bergoglio nasceu em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires e foi nomeado cardeal em 2001 por João Paulo II.
Conforme a tradição, o resultado foi anunciado por meio da emissão da fumaça branca (artificialmente colorida), pela chaminé da Capela Sistina, por volta de 19h06 locais (15h06 de Brasília).
Cerca de uma hora depois, o francês Jean-Louis Tauran - o mais velho dos cardeais diáconos - apareceu na sacada do Palácio Apostólico para saudar os fiéis na Praça São Pedro, nos sete idiomas mais populares dos países católicos. O cardeal disse apenas “irmãos e irmãs” em cada um dos idiomas.
Ele não aparecia na maioria das listas de favoritos, que incluíam o brasileiro Dom Odilo Scherer e o italiano Angelo Scola. Bergoglio nasceu em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires e foi nomeado cardeal em 2001 por João Paulo II.
Conforme a tradição, o resultado foi anunciado por meio da emissão da fumaça branca (artificialmente colorida), pela chaminé da Capela Sistina, por volta de 19h06 locais (15h06 de Brasília).
Cerca de uma hora depois, o francês Jean-Louis Tauran - o mais velho dos cardeais diáconos - apareceu na sacada do Palácio Apostólico para saudar os fiéis na Praça São Pedro, nos sete idiomas mais populares dos países católicos. O cardeal disse apenas “irmãos e irmãs” em cada um dos idiomas.
Em seguida, Jean-Louis Tauran leu um texto em
latim. Só então Jorge Mario Bergoglio apareceu para o público. O religioso fez
uma saudação aos milhares de fieis que se reúnem na praça São Pedro e rezou com
a multidão, em italiano, o Pai Nosso e a Ave Maria.
Bergoglio obteve ao menos 77 dos 155 votos. Cardeais de todo o mundo estavam reunidos desde terça-feira (12) na Capela Sistina. Na manhã desta quarta, duas votações acabaram sem acordo. Havia especulações de que o conclave durasse até a próxima semana.
Cinco cardeais brasileiros participaram da escolha: dom Raymundo Damasceno Assis, 76; dom Odilo Scherer, 63; dom Geraldo Majella Agnelo, 79; dom Cláudio Hummes, 78; e dom João Braz de Aviz, 64, inclusive Aviz (foto) era bem cotado também.
Bergoglio obteve ao menos 77 dos 155 votos. Cardeais de todo o mundo estavam reunidos desde terça-feira (12) na Capela Sistina. Na manhã desta quarta, duas votações acabaram sem acordo. Havia especulações de que o conclave durasse até a próxima semana.
Cinco cardeais brasileiros participaram da escolha: dom Raymundo Damasceno Assis, 76; dom Odilo Scherer, 63; dom Geraldo Majella Agnelo, 79; dom Cláudio Hummes, 78; e dom João Braz de Aviz, 64, inclusive Aviz (foto) era bem cotado também.
O conclave foi convocado após renúncia de Bento XVI - em 11 de
fevereiro e efetivada no dia 28. O alemão Josef Ratzinger deixou o
cargo após oito anos e teve um pontificado marcado por crises e divisões
internas.
Trajetória - O novo papa é formado
em engenharia química. Após a formatura, escolheu o sacerdócio, entrando pro
seminário em Villa Devoto, Argentina. Bergoglio ingressou no noviciado da
Companhia de Jesus (jesuítas) em março 1958. Ele ainda estudou humanidades no
Chile em 1963, retornando depois para Buenos Aires.Bergoglio foi também professor de literatura e psicologia no Colégio Imaculada Conceição de Santa Fé, entre 1964 de 1965, e em um colégio de Buenos Aires em 1966. O novo papa deixou a carreira de docente e dedicou-se ao estudo de teologia de 1967 a 1970, sendo ordenado sacerdote em 13 de dezembro de 1969.-----
Lista dos papas que comandaram a Igreja nos séculos XX e XXI:
Papa Francisco I: começou em 13 de março de 2013;
Bento XVI: 19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2013;
João Paulo II: 16 de outubro de 1978 a 2 de abril de 2005;
João Paulo I: 26 de agosto a 28 de setembro de 1978;
Paulo VI: 21 de junho de 1963 a 6 de agosto de 1978;
João XXIII: 28 de outubro de 1958 a 3 de junho de 1963;
Pio XII: 2 de março de 1939 a 9 de outubro de 1958;
Pio XI: 6 de fevereiro de 1922 a 10 de fevereiro de 1939;
Bento XV: 3 de setembro de 1914 a 22 de janeiro de 1922;
Pio X: 4 de agosto de 1903 a 20 de agosto de 1914;
Leão XIII: 20 de fevereiro de 1878 a 20 de julho de 1903.
Os dez últimos Papas, antes da eleição de
Francisco, marcaram história cada um a sua maneira. Eis um resumo dos fatos ‘marcantes’
desses pontificados:
Leão XIII (Vincenzo
Gioacchino Pecci, fevereiro 1878 a julho de 1903) - Papa humanista que escrevia
poemas em latim, ficou conhecido pela grande encíclica social "Rerum
Novarum", na qual abordou concretamente a questão operária, recomendando a
colaboração entre o capital e o trabalho e as associações de trabalhadores,
fazendo uma série de propostas. Criticou o liberalismo mas rejeitou o
socialismo e a luta de classes. Foi quem dissolveu os Estados Pontifícios em
1900. Morreu com 93 anos.
Pio X (Giuseppe
Melchiorre Sarto, agosto 1903 a agosto 1914) - Canonizado por Pio XII em 1954
por sua piedade e proximidade com os fiéis, usava linguagem simples. Ex-vigário
de paróquia modesta, não era intelectual, mas muito conservador. Condenou as
teses modernistas da Igreja em sua encíclica "Pascendi". Deu início à
reforma do código do Direito Canônico (concluída pelo sucessor) e da Cúria
Romana, e assumiu forte posição contra a escravidão. Se opôs à lei de separação
Igreja / Estado francês em 1905.
Bento XV (Giacomo
della Chiesa, setembro de 1914/janeiro de 1922) - De uma família aristocrata,
tentou apaziguar a "crise modernista" na Igreja. Obteve alguma
simpatia popular ao canonizar Joana d'Arc. Não era bem visto por franceses e
alemães, por ter trabalhado incansavelmente para acabar com a carnificina da
Primeira Guerra Mundial, propondo um sistema de arbitragem no conflito e se
opondo ao sistema de reparação. Bento XVI escolheu seu nome em homenagem à
memória deste Papa da paz.
Pio XI (Achille
Ratti, fevereiro 1922/fevereiro 1939) - Resolveu a velha "questão
romana". Foi sob o seu reinado que nasceu o Estado do Vaticano, em ocasião
da assinatura do acordo de Latrão com Mussolini em 1929. Alpinista, solitário,
sério, original, se interessava muito pela questão missionária. Publicou em
1937 a encíclica "Mit brennender Sorge" condenado o nazismo. Também
condenou o antissemitismo. Se afastou do Vaticano quando Hitler foi visitar seu
aliado Mussolini em Roma. No momento de sua morte, havia preparado outra
encíclica condenando o nazismo.
Pio XII (Eugenio
Pacelli, março de 1939/outubro de 1958) - Aristocrata e diplomata de carreira,
serviu a Santa Sé em Munique e em Berlim. Braço direito de Pio XI, foi acusado
por historiadores e pela comunidade judaica de permanecer em silêncio frente ao
Holocausto nazista. Foi com este Papa que o processo de internacionalização da
Cúria se acelerou.
João XXIII (Angelo
Giuseppe Roncalli, outubro 1958/junho 1963) - De família modesta, ex-delegado
apostólico na Turquia e núncio na França (de 1944 até 1953), se transformou no
homem da abertura da Igreja ao mundo, que lançou o Concílio Vaticano II em
1962, preocupando a Cúria, até então muito conservadora. Publicou a famosa
encíclica "Pacem in terris" pouco antes de sua morte. Apelidado na Itália
"il papa buono", foi muito popular por seu bom-humor.
Paulo VI (Giovanni
Battista Montini, junho de 1963/agosto de 1978) - Após uma longa carreira
diplomática, durante a qual foi ao mesmo tempo braço direito de Pio XII, foi
eleito em pleno Concílio Vaticano II. Viveu um período difícil da contestação
dos ensinamentos da Igreja. Homem ansioso, escrupuloso, considerado hesitante,
foi muito atento à evolução do mundo moderno, impulsionando o empenho
internacional da Santa Sé para a justiça e a paz. Criticado por sua encíclica
"Humanae Vitae" (1968), que disse não à contracepção, foi muitas
vezes incompreendido até o final de seu pontificado.
João Paulo I (Albino
Luciani, agosto 1978/setembro de 1978) - Patriarca de Veneza, teve um dos mais
curtos reinados da história papal: 33 dias. Conseguiu imprimir um estilo mais
direto em sua maneira de ser Papa, mas foi isolado na Cúria Romana em razão de
sua simplicidade e contestação. De saúde frágil, morreu prematuramente de
causas ainda não esclarecidas.
João Paulo II
(Karol Jozef Wojtyla, outubro 1978/abril 2005) - Primeiro Papa polonês da
história. Conservador em sua doutrina, mas um verdadeiro comunicador. Se opôs
ao comunismo na Polônia e em todo o bloco soviético, mas também ao capitalismo.
Foi gravemente ferido em um ataque em 1981 na Praça São Pedro. Carismático e
enérgico, ele viajou durante seu pontificado para mais de cem países, e gozou
de uma popularidade sem precedentes, especialmente entre os jovens, criando
para eles a "Jornada Mundial da Juventude". Escreveu muitas
encíclicas sobre questões sociais.
Bento XVI (Joseph
Aloisius Ratzinger, abril 2005/fevereiro 2013) - Vindo de uma família modesta
da Baviera, importante teólogo reformista durante o Concílio Vaticano II, foi
por mais de 20 anos o guardião do dogma de João Paulo II. Tornou-se Papa aos 78
anos e continuou o trabalho de seu antecessor, insistindo em uma purificação da
Igreja. Seu pontificado foi marcado por vários escândalos - particularmente
pela revelação dos casos de pedofilia nos Estados Unidos para a Irlanda - e
falhas de comunicação diversas. Foi o primeiro Papa em 700 anos a renunciar devido
à falta de forças. (A tarde)