Lado a lado líderes de umas 20 religiões e igrejas distintas assistiram ao programa por mais de duas horas celebrando o respeito e a tolerância. Um deles foi o sheik Jihad Hammadeh, presidente do Conselho de Ética da União Nacional Islâmica. O muçulmano, representante de 1 milhão e meio de fiéis que vivem sua fé livremente no Brasil, avaliou o evento como muito interessante; “foi uma forma de reafirmar os compromissos com uma sociedade pluralista e onde há respeito mútuo”. Hammadeh se disse contente com a legislação brasileira que assegura os direitos fundamentais às crenças, mas afirmou que ainda é necessário trabalho de educação pra que as pessoas saibam aceitar as crenças diferentes das suas. Todos os líderes presentes receberam uma homenagem e uma lembrança especial por seus esforços para criar ambiente favorável ao livre exercício de crer ou de não crer.
O presidente da Igreja
Adventista do Sétimo Dia mundial, pastor Ted Wilson, na foto com o tradutor Williams C Junior- agradeceu as autoridades que se manifestaram
publicamente a favor da liberdade de expressão religiosa. “A liberdade
religiosa é um dom de Deus que devemos guardar como um tesouro”, disse ele. O
pastor Erton Köhler, lider da Igreja na América do Sul, ressaltou o conceito de
liberdade religiosa inclusiva; direitos para todos e não para uma ou outra
religião apenas.
Reconhecimento
governamental – O reconhecimento
governamental a respeito da importância da liberdade religiosa veio pela
presença de alguns expoentes da política. Um foi o ministro-chefe da Secretaria
Geral da Presidência, Gilberto Carvalho – representante da presidenta Dilma
Rousseff. Carvalho assinalou que o poder público precisa agir no sentido de
garantir a liberdade de crença dos cidadãos; e que essas garantias estão nos
planos do Governo Federal. Netinho de Paula, secretário de Igualdade Racial da
Prefeitura de São Paulo, representou o prefeito Haddad e se disse satisfeito de
participar de um evento daquele porte.Deputados e vereadores marcaram presença, muitos responsáveis pela elaboração de leis municipais e estaduais que garantem a liberdade religiosa em suas esferas de atuação. Um deles é o vereador de S. Paulo, Paulo Frange, que conseguiu aprovar recentemente lei de sua autoria instituindo o 25 de maio como Dia Municipal da Liberdade Religiosa na capital de São Paulo. Outro legislador pró-liberdade religiosa presente foi o deputado estadual Campos Machado, autor de lei que cria uma data específica para lembrar o direito.
A TV Novo Tempo, emissora da
Igreja Adventista e que pode ser vista também em sinal aberto em São Paulo no
canal 46, transmitiu ao vivo todo o evento, bem como a Rádio Novo Tempo. Além
disso, apresentadores da emissora fizeram parte da programação. Veículos de
comunicação religiosos e emissoras de TV, como a Globo e a rádio CBN enviarem
equipes ao local e veicularam reportagens do assunto.
O pastor Edson Rosa,
secretário-executivo da IRLA na América do Sul e organizador do evento, fez um
balanço positivo. Em sua opinião, o Festival mostrou boa representatividade de
religiões preocupadas com o respeito e a tolerância. E que serviu pra divulgar
a causa da liberdade religiosa a um número maior de pessoas, algo saudável pra
consolidar o conceito. [extraída do porta, da Equipe
ASN, por Felipe Lemos]