Walter
José Faustini quase ganhou o nome de Ivanhoé, nome que dá título ao livro de Walter
Scott- e que sua mãe leu no final da gravidez. Mesmo sendo prenome incomum
entre brasileiros, os pais decidiram homenagear o escritor.
Desde
pequeno, Walter adquiriu da mãe o gosto pela leitura. Com quatro anos, deitado
e de pernas pra cima, lia a Bíblia em voz alta para o pai. Um ano mais tarde,
datilografou sua primeira carta.
Nascido
em Bariri (SP), foi para São Paulo em 1943 pra fazer curso preparatório da
Academia Militar das Agulhas Negras, situada em Resende (RJ). Após morar no
Rio, retornou pra capital paulista, onde cursou história e geografia na USP.
Por
dois anos, viveu no Kansas (EUA) e foi designado para trabalhar como redator da
"Military Review", atividade que lhe rendeu condecoração.
Como
militar, Walter sempre exerceu um papel intelectual. Cuidava de assuntos
ligados à inteligência, tinha mais contato com documentos que com pessoas,
dizia ele.
A
experiência em logística lhe rendeu, após a reserva, o comando da Brasil
Export, feira realizada no começo dos anos 70 pelo Ministério da Indústria e
Comércio. Ajudou na criação da Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio
Exterior), onde trabalhou.
Era
presbítero emérito da Primeira Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo.
Em casa, mantinha a tradição de ler e recitar a Bíblia.
Sofria
do mal de Parkinson. Morreu no dia 28, aos 88 anos deixando saudosa a viúva
Heloide, três filhos, genro, nora, nove netos, dois bisnetos e seis irmãos. (coluna.obituario@uol.com.br folha de s Paulo) (OBS.: NÃO CONSEGUIMOS OBTER FOTOS DO WALTER)