terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Festa GOSPEL, VOCÊ Concorda ?

 “Gospelização” em Alta
         Pense num beco estreito e sombrio, sem calçamento e sem asfalto, cercado de galpões antigos. Imagine-se que está a entrar por uma porta, lá pela madrugada. Você avista jovens de jeans rasgado, camiseta preta, cabelo eriçado, bracelete, tatuagem e piercing. Com latinhas de energético nas mãos, dançam sorridentes e saltitantes. Casaizinhos em cantos escuros trocam carícias e beijos... A descrição é de um encontro evangélico que se torna cada vez mais comum, e com apoio das lideranças, em nossos tempos pós-modernos. É a “balada gospel”, diferente da balada original, balda mundana, pois foi “gospelizada” pelos frequentadores, pertencentes à “geração gospel”. Muitos cristãos do tempo atual têm usado o adjetivo “gospel” pra “santificar” atitudes, posturas, comportamentos, condutas e eventos que antes estavam relacionados a pessoas que não conhecem o Evangelho. Alguns partem da premissa que ‘‘crente’’ tem liberdade pra fazer o que quiser; se divertir do jeito que entender – mesmo imitando mundanos –, e ninguém tem nada a ver com isso.
        “Não me diga que você é um daqueles protestantes retrógrados que pensa: participar de festa junina é impróprio pra cristão. Deixa de ser legalista, meu chapa! Acorda, rapá!”, diria famoso telepregador gospel.
Isso mesmo: existe “arraiá gospel”, conhecido como “festa jesuína”, inclusive em algumas pretensas Assembleias de Deus. O mesmo se aplica a baile e desfile de carnaval, música erotizante (simula o ato sexual), esporte violento e sanguinário – cuja “bola” a ser chutada /golpeada com a mão é a cabeça do “esportista” –, Halloween (trocara pra “Elohim”), “pegação”, etc.
Como se depreende da leitura deste artigo, “gospelizar” é, pretensiosamente, “tornar evangélico” pois “gospelizado” o que era considerado pecaminoso pode ser praticado livremente, sem peso na consciência. O lema dos crentes da “geração gospel” é: “Vamos curtir a vida. Afinal, Jesus não é careta.”
Os líderes e membros das igrejas “gospelizadas” se conformaram com o mundo. Seus cantores se inspiram em astros mundanos, como declarou, há algum tempo, o integrante de uma famosa banda gospel: “A gente ouve Bob Marley, mas só pra se informar.” A tônica das mensagens “evangelísticas” pregadas nessas igrejas é: “Venha como está e fique como quiser.”
Empreguei o termo “gospelização” pela primeira vez em abril de 1994, em texto que escrevi pro jornal Mensageiro da Paz.
À época, escrevi: “Os que quiserem podem até pular carnaval, pois já existem blocos de ‘samba evangélico’. Para os apreciadores de bebidas fortes já existe a ‘cerveja gospel’, sem álcool. E não ficaremos surpresos se lançarem o ‘cigarro gospel’, sem nicotina.” 
Naquela época, esse texto soou como profético pra conservadores, e ácido demais pra liberais, em razão do processo de “gospelização” ainda estar em seu início.
          Não tenho conhecimento do “cigarro gospel”. Em compensação, temos “carnaval gospel”, “arraiá gospel”, “dia das bruxas gospel”, “lutas de gladiadores gospel”, “barzinho gospel”, “balada gospel”, “funk pancadão gospel”... Como dizem em um “meme” do Facebook, “só está faltando o inferno gospel.”
     Com base em artigo de Ciro Sanches Zibordi, pastor da Assembleia de Deus.

EDIR MACEDO: LUXO, RELIGIÃO E POLÊMICAS

            Dizem por aí que a sala do Trono do Rei Salomão, que governou Israel de 970 a.C a 931 a.C- foi construído todo em cedro, juní...