quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

CASA de Brasileiro destruída no NÍGER



              O brasileiro Alexandre Canhoni, que vive desde 2001 no Níger, teve a casa destruída no último dia 17.01, depois da manifestação de muçulmanos contra as charges contra Maomé publicadas pelo jornal francês “Charlie Hebdo”. Ele gravou um vídeo onde mostra a destruição.
            Os ataques tiveram como alvo instituições cristãs. No total, os manifestantes saquearam e incendiaram 45 igrejas, entre elas, duas de brasileiros, além de cinco hotéis, 36 bares, um orfanato e uma escola cristã. Cinco morreram, 128 ficaram feridos e 189 foram detidos nas manifestações.
               Conhecido como paquito Xand do “Xou da Xuxa”, Alexandre desenvolve trabalhos humanitários com crianças na organização evangélica ''Guerreiros de Deus'', com a mulher e outros 04 brasileiros. Um dos projetos, que oferece refeições a crianças da capital Niamey, tem base no quintal de sua casa. Por isso, a destruição afetou até o seu trabalho.
Canhoni contou que se preparava pro almoço, 13h do sábado, quando ouviu gritos e, do segundo andar de casa, viu fumaça saindo de outras casas e templos sendo queimados, além de manifestantes com pedaços de pau se aproximando. 
            Em vídeo, Canhoni mostrou a destruição do local e explica que ouviu os manifestantes gritarem “casa do Alex”  e se dirigiam a ela. Ele disse que é conhecido em Niamey por seu trabalho humanitário. “Nós estamos aqui há muitos anos. Todo mundo me conhece, sabe que somos cristãos. Aqui eles me conhecem não por ser ex-paquito da Xuxa, pelos filmes, de cantar e dançar. Aqui eles nos conhecem como um casal de brancos que chegou em 2001 e começou a ajudar as pessoas”, afirmou.
              Antes dos manifestantes atingirem sua casa, ele e a mulher fugiram pra se abrigar na casa de um amigo. Voltaram no domingo para ver o estado em que ficou o lar. “Foi afetado tudo. Desde panela e prato, levaram tudo. Saquearam, quebraram, queimaram, roubaram. Foi bem difícil para a gente voltar e dar uma olhada. Foi bem triste”. A casa está sem luz e sem água e as janelas e o portão quebrados. Ninguém da organização ficou ferido.
            O casal oferecia, diariamente, 250 pratos de comida pras crianças atendidas no quintal de sua casa. Em todo o Níger são 1.200 refeições, contou Canhoni. O trabalho é voluntário e conta com a ajuda de cerca de 90 pessoas.
Se normalmente o projeto depende de doações para sobreviver, após a destruição do último sábado elas ganharam caráter de emergência. A organização está pedindo contribuições para poder reerguer a estrutura e voltar a alimentar as crianças. “Estamos precisando de verba para começar a reerguer e reabrir tudo”, diz. (G1)

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