A questão do
casamento gay continua dividindo denominações. A exemplo do acontecido com
anglicanos, luteranos e metodistas, agora os presbiterianos dos EUA testemunham
uma ruptura teológica e moral por causa dessa questão.
Desde meados de
2013, quando a Suprema Corte americana invalidou “Lei de Defesa do Casamento”,
a definição de matrimônio não é mais união de homem e mulher. Dezenove dos 50
estados americanos, e a capital Washington, oficializaram o casamento de
pessoas do mesmo sexo. Essa aceitação já contabiliza 55% dos americanos segundo
recente pesquisa do Instituto Gallup.
A Assembleia Geral
da Igreja presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA), formada por 10.000 congregações,
totalizando 1,8 milhão de fiéis, autorizou a realização de casamentos entre
homossexuais.
Mais de dois
terços dos delegados reunidos em Detroit votaram a favor. A parcela que ficou
contra ensaia uma debandada, algo que vem acontecendo nas últimas décadas nessa
que foi uma das mais importantes denominações americanas.
Para a maior parte
da liderança, a decisão foi chamada “um avanço”. A Constituição da denominação
afirma agora que “casamento implica um compromisso único entre duas pessoas”. O
documento justifica que “Cristo morreu para que pudéssemos ser reconciliados”.
Curiosamente, na
véspera dessa decisão, milhares se reuniram em Washington pra realizar um
movimento em favor do matrimônio tradicional. Denominada “Marcha pelo
Casamento”, teve a participação de políticos importantes e líderes católicos e
evangélicos. “O casamento deve ser protegido porque as crianças precisam cada
vez mais de um pai e uma mãe”, afirmou Brian Brown, presidente da Organização
Nacional para o Casamento.
Para o pastor
presbiteriano Augustus Nicodemus, a denominação nos EUA “traiu o Cristianismo
bíblico.Esse é mais um passo na direção da apostasia, desde que a PCUSA entrou
pelo caminho do liberalismo teológico”, escreveu ele em longo texto no seu site.
Fazendo questão de esclarecer que a denominação norte-americana “nada tem a ver
com a Igreja Presbiteriana do Brasil”.
Nicodemus deixou um
alerta “O campo está sendo preparado no Brasil para que em breve evangélicos
passem a considerar a homossexualidade como sendo uma questão pessoal e
secundária, abrindo assim a porta para ordenação de gays e lésbicas praticantes
ao ministério da Palavra e para a realização de casamento gay nas igrejas
evangélicas”. informações
Gospel Prime.
No dia 22.06 o
reverendo Dr. Cameron Partridge entrou pra história da igreja Episcopal ao se
tornar o primeiro padre transgênero a pregar na histórica Catedral Nacional em
Washington, Estados Unidos.
Ele é um dos sete
membros transgêneros que fazem parte do clero da denominação que desde 2012
aceita ordenação de pessoas que fizeram cirurgia de mudança de sexo.
A participação de
Partridge na igreja de Canterbury aconteceu em homenagem ao mês do orgulho gay
que atende toda a comunidade de homossexuais, bissexuais e transgêneros.
Ao ter a
oportunidade de participar da homenagem, o padre falou que estava orgulhoso por
pertencer a uma igreja que aceita todas as pessoas, independente da orientação
sexual.
“Assim como
contemplamos uns aos outros nestes dias de celebração, que possamos honrar a
nossa forma de apoiar um ao outro”, disse ele, que nasceu como mulher mas
realizou a cirurgia de mudança de sexo há 10 anos.
Enquanto esteve na
Catedral de Canterbury, o padre teve oportunidade de presidir o culto fazendo
leituras e orações aos presentes que eram, em sua maioria gays, lésbicas e transgêneros,
membros da Episcopal.
O reverendo Dr.
Cameron é capelão Episcopal da Universidade de Boston e professor e conselheiro
da Harvard Divinity School.
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