A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (SUD), a conhecida Igreja Mórmon, deseja ser nos próximos 100 anos a maior denominação cristã do mundo e a segunda religião, perdendo apenas pro Islã.
O “momento mórmon” está se consolidando nos Estados Unidos, onde a igreja nasceu, por causa da possibilidade de terem como presidente Mitt Romney, mórmon, mas também devido às mudanças em suas regras nos últimos tempos.
Mark Koltko-Rivera, cientista social premiado, faz essa análise no livro recente, The Rise of the Mormons: Latter-day Saint Growth in the 21st Century [O surgimento dos mórmons: o crescimento dos santos dos últimos dias no século 21].
Ao contrário do que sempre se acreditou, Koltko relata que mais de 90% do crescimento é resultado dos batismos de novos convertidos e não os batismos de crianças criadas na fé dos pais.
O tipo de trabalho missionário dos Mórmons é um dos maiores responsáveis pelo crescimento. Rivera afirma que a curva de crescimento da igreja diminuiu depois de 1990, quando enviou esforços missionários para muitas áreas novas, onde o trabalho missionário era difícil, como as nações do antigo bloco soviético, e países da Ásia e África. No entanto, vários destes países agora mostram enorme crescimento dos SUD. Em especial Rússia, que viu aumento de 83% no número de adeptos entre fim de 1999 e 2009.
Segundo seus cálculos e considerando a atual taxa de crescimento, os SUD vão chegar a 2,6 bilhão de membros no mundo em 2120. A igreja Mórmon pode se tornar a maior igreja dos EUA em 2106.
Os fatores que contribuem para o crescimento é sua atitude positiva em relação à ciência, a doutrina que prega o potencial da humanidade e ensinamentos sobre pluralidade de ‘mundos habitados’ em nosso universo.
Apenas duas semanas atrás, o limite de idade pros homens jovens serem enviados em missões de tempo integral foi reduzido de 19 para 18, enquanto o limite pras mulheres que era de 21 agora é 19.
Como resultado, o número de pessoas se oferecendo pra dedicar seu tempo em outros lugares subiu de 700 por semana para chegar aos 4.000. O número de inscritos para missionários “explodiu”, crescendo 471% – e mais da metade são mulheres. Esse crescente movimento pode resultar em meio milhão de pessoas se convertendo ao mormonismo a cada ano
Atualmente, a Igreja dos Santos dos Últimos Dias tem mais de 58.000 missionários no mundo, mas as mulheres totalizam menos de um quinto.
No ano passado, a igreja relatou que 281.312 pessoas convertidas à sua fé, média de cinco batismos pra cada missionário.
As autoridades acreditam que as mudanças no limite de idade podem resultar em mais 22.500 novos missionários no primeiro ano.
Se a taxa de cinco batismos por missionário mantiver, significaria mais de 112.500 convertidos / ano. Mas se o número de missionários atingir 80.000, isso significaria cerca de 400.000 totais convertidos /ano.
O apóstolo dos SUD, Jeffrey R. Holland, afirma ter previsto que a mudança nos limite de idade provocaria aumento de busca: “O Senhor está acelerando esse trabalho e ele precisa de mais missionários dispostos”.
Os mórmons são considerados historicamente como parte de uma seita não cristã, pois, existe a negação de que Jesus seja a encarnação de Deus Pai e, embora se use a Bíblia, se dá mais valor ao chamado Livro de Mórmon.
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